terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Jugular e Júbilo


Risos estroboscópicos e pérolas escarlates eu vejo,

Ávido para aquela rameira me aplacar

Um súbito e libidinoso desejo

Quero o sopro lhe roubar e sugar

Na noite fria aquele paraíso de carne - tua bella jugular.

És ouro de tolos e tolo irei ser

Por entre fios de indômito cobre

Eu vasculho, nada nobre

Não querendo morrer

Amanhã, como pagão e imundo animal

No palco sórdido da vida – além do bem e do mal.

Seduz-me o teu olhar de dominatrix, de sádica meretriz;

Oh, teus lábios preciosos, úmidos e indecorosos...

“Sofra”! Você então me maldiz,

Querendo me capturar com delícias

Recheadas de voluptuosidade e malícia

Oh, como anseio por tuas sevícias!

A patifaria aveludada é a tua doce arte

E em teus fartos seios, a dor e o sabor do lânguido ardor.

Heil! Domina-me para eu dominar-te (eu aguento)

Heil! Devora-me para eu devorar-te (por dentro)

Ofereço meu Inferno-coração com todo o amor...

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