
Risos estroboscópicos e pérolas escarlates eu vejo,
Ávido para aquela rameira me aplacar
Um súbito e libidinoso desejo
Quero o sopro lhe roubar e sugar
Na noite fria aquele paraíso de carne - tua bella jugular.
És ouro de tolos e tolo irei ser
Por entre fios de indômito cobre
Eu vasculho, nada nobre
Não querendo morrer
Amanhã, como pagão e imundo animal
No palco sórdido da vida – além do bem e do mal.
Seduz-me o teu olhar de dominatrix, de sádica meretriz;
Oh, teus lábios preciosos, úmidos e indecorosos...
“Sofra”! Você então me maldiz,
Querendo me capturar com delícias
Recheadas de voluptuosidade e malícia
Oh, como anseio por tuas sevícias!
A patifaria aveludada é a tua doce arte
E em teus fartos seios, a dor e o sabor do lânguido ardor.
Heil! Domina-me para eu dominar-te (eu aguento)
Heil! Devora-me para eu devorar-te (por dentro)
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