terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O devir e a peia - part III: CHIBATA PRA TODO LADO


Assim, para concluir de forma inconclusa, eis minha lógica caósmica para agenciar os termos "devir" e "peia", para a chibata cantar gostoso por todo este blog já descabaçado e também na pele de quem ler estas linhas (de fuga):

Se o devir aponta para um futuro livre de amarras, transgressor, híbrido e intercambiante, a peia segue agredindo, marcando e violentando quem estiver por perto, seja sado ou masô (desterritorialização x reterritorialização). Seria uma dupla captura ou um acordo discordante, para uma vez mais saquear Deleuze, ou até mesmo um yin yang polifônico e bem-humorado que gira sem parar. É, justamente, um ritornelo que vai fazendo movimentos territoriais incessantes em cima de canções de guerra , paixão e escárnio; é uma liberação de uma crítica apaixonada, volátil e descarada que rejeita papas na língua e que aceita uma porrada para já dar o troco em seguida - ou vice-versa. 666 vivas para a máquina de guerra!

Com efeito, é este o meu esboço de anti-método, a minha indisciplina, a minha subversão - o meu rock and roll. Fogo-fátuo que irá incendiar o que atrair, desconcertar ou indignar minha subjetividade de artista e cientista, sejam ideias, músicas, filmes, fotos e outras manifestações que nomeamos, às vezes de modo apressado, como arte, seja ela "maior" ou "menor".

É toda uma constelação de intensidades de peia e devir que aqui se abre de modo imanente. A quem interessar, que se deixe afetar...


Um comentário:

  1. Gostei muito, Delleuze, claro que não poderia faltar. Você brincou com as palavras, o momento de inspiração e fundamentado. Show!

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